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Estudo com dados mostra doenças que mais agravam a Covid-19 em duas faixas etárias

Publicado: Segunda, 17 de Agosto de 2020, 15h07 | Última atualização em Segunda, 17 de Agosto de 2020, 15h07

Pesquisa tem coautoria de professor do Campus Viana e foi feita a partir de números do governo do Estado.

Um professor do Ifes-Campus Viana é o coautor de um estudo que buscou indicar quais doenças preexistentes, ou comorbidades, agravam mais o quadro de quem contrai o coronavírus e levam a um maior risco de morte. Para isso, foram utilizadas técnicas de análise de dados a partir dos números da Covid-19 disponibilizados pelo governo do Estado.

Adonai Lacruz, que é coordenador do Laboratório de Análise de Dados (DataLab) do Campus Viana e docente do mestrado e do doutorado em Administração da Ufes, realizou o estudo em parceria com Hélio Zanquetto Filho, também professor da Ufes. Ele conta que a ideia foi utilizar os conhecimentos para tentar contribuir no enfrentamento à doença.

Foram analisados dados dos grupos de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Os pesquisadores compararam a letalidade da doença no grupo de pessoas sem comorbidade nenhuma e nos grupos com apenas uma comorbidade.

Eles concluíram que, na faixa etária de 30 a 39 anos, o diabetes é a doença que mais eleva a chance de tornar a Covid-19 letal. Enquanto uma pessoa sem doenças preexistentes apresenta risco de morte de 0,52%, um diabético tem 5,84%. Isso significa um risco aumentado em mais de 1.000%.

Entre os que têm de 40 a 49 anos, as condições renais foram as principais agravantes dos quadros. Sem comorbidade, a doença tem taxa de letalidade de 1,29%. Para o grupo com a comorbidade identificada como “Renal”, nos dados do governo, o risco de morte chegou a 9,40%: um incremento de 629%.

A pesquisa foi organizada em três fases. Esta foi a primeira. “Estamos fechando o relatório e vamos tentar disponibilizar numa rede pública. Também estamos em conversa com pesquisadores da área da saúde com a ideia de formar um grupo de pesquisa em rede, pois eles têm condição de colocar um sentido mais prático nesses dados, compreender melhor”, afirmou o professor Adonai.

A segunda fase dos estudos vai avaliar os efeitos das comorbidades combinadas (por exemplo, pessoas exclusivamente com diabetes e obesidade); e a terceira, a influência de outras variáveis (por exemplo, ser ou não profissional da saúde).

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Assunto(s): estudo , dados , covid-19 , comorbidades
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