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Seminário define ações do Ifes para a Bacia do Rio Doce

Publicado: Sexta, 18 de Dezembro de 2015, 19h00 | Última atualização em Terça, 02 de Fevereiro de 2016, 11h27

Servidores e alunos debateram ações coordenadas e em rede para contribuir com o diagnóstico e a diminuição dos impactos da tragédia ambiental de Mariana (MG).

Cerca de 50 professores pesquisadores e extensionistas, alunos e servidores técnico-administrativos do Ifes estiveram reunidos no Campus Colatina nesta quinta-feira (17), para debater as ações de ensino, pesquisa e extensão para contribuir com diagnóstico e mitigação dos impactos ambientais e socioeconômicos na bacia hidrográfica do Rio Doce, atingida pela lama de rejeitos de mineração oriunda do rompimento de duas barragens da Samarco.

A abertura do evento contou com apresentação dos resultados da chamada interna realizada para a inscrição das ações. Ao todo, foram apresentadas 46 iniciativas, organizadas em seis áreas temáticas, identificadas a partir do recebimento das propostas: diagnóstico e monitoramento ambiental, com 19 proposições; estudos socioeconômicos e ações comunitárias, com dez proposições; gestão e uso de resíduos da mineração, com quatro proposições; uso da água para agricultura, com três proposições; recuperação e conservação ambiental, com seis proposições; e saneamento ambiental e uso da água para consumo humano, com quatro proposições.

Segundo o pró-reitor de Extensão do Ifes, Renato Tannure, as áreas temáticas foram identificadas com o objetivo de favorecer as ações práticas, permitindo a organização de grupos de trabalho. “Como nosso objetivo final é constituir um portfólio e captar recursos públicos e privados para a realização das ações, a organização temática nesse momento teve o objetivo de facilitar a troca de ideias e a convergência de ações, a partir de propostas concretas recebidas na chamada”, explicou.

Ainda pela manhã, houve a apresentação de duas iniciativas que já estão em curso: o programa Águas do Espírito Santo, coordenado pelo professor Abrahão Alexandre Elesbon; e as ações do Ifes na iniciativa que ficou conhecida como “Arca de Noé”, coordenadas pelo professor Marcelo Gomes de Araújo.

Segundo o professor Marcelo Araújo, houve um empenho de vários agentes para o salvamento de espécies, especialmente as nativas do Rio Doce. “Estamos fazendo o trabalho de guardar e estudar o comportamento de espécies, especialmente algumas importantes para que um dia outras possam voltar a habitar o rio, embora não alimentemos a esperança de voltar ao estágio anterior à tragédia”, disse. Os exemplares estão sendo mantidos nos viveiros do Campus Itapina.

Confira todas as propostas apresentadas da chamada

MInistério Público Federal

O Procurador da República do Ministério Público Federal no Espírito Santo, Jorge Munhos de Souza, também esteve presente e explicou as linhas de atuação da força-tarefa para a investigação dos danos causados pelo rompimento das barragens.

Segundo o procurador, o fornecimento de recursos para a realização de atividades de reparação não pode ser encarado como favor. Ele se colocou à disposição para interferir diretamente na viabilização das propostas. “É uma obrigação das empresas envolvidas, e estamos à disposição para mediar os acordos que a Samarco, a Vale e a BHP estiverem dispostas a fazer e exigir na Justiça os que eles não estiverem”, disse. Por outro lado, o procurador destacou a importância da parceria com o Ifes. “Ter ao nosso lado um corpo de especialistas conhecedores das questões técnicas e científicas pode contribuir muito para o esclarecimento e para o desenvolvimento de ações de reparação”, disse.

No final de sua fala, Jorge Munhos alertou os pesquisadores e extensionistas para a realização de parcerias unilaterais com a Samarco. “Se houver contratos de prestação de serviços realizados pela empresa diretamente com o profissional do Ifes, não poderemos mais contribuir, uma vez que entendemos haver conflito de interesses”, avisou.

Próximas etapas

A parte da tarde foi reservada para o encontro dos grupos de trabalho temáticos. Ao final, houve a apresentação das discussões realizadas. Segundo Renato Tannure, os grupos proporcionaram a convergência de ações. “O resultado é que as iniciativas de pesquisa, ensino e extensão viraram ações integradas e em rede, com propostas que chegam a aglutinar até sete campi nesse primeiro momento”, comemorou.

Segundo ele, com a integração, a intervenção do Ifes na solução dos problemas causados pela tragédia ambiental na bacia passa a ter mais qualidade. “Estamos propondo ações mais relevantes, com mais recursos e competências complementares e com maior abrangência territorial”, explicou.

A possibilidade de incorporação de novos projetos passa a ter caráter permanente e deve ser feita a partir dos grupos de trabalho, que terão acompanhamento das pró-reitorias de Ensino (Proen), Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) e Extensão (Proex).

Financiamento

Segundo Tannure, a captação de recursos se dará, num primeiro momento, em três frentes: uma com a celebração de termos de compromisso diretamente com as empresas responsáveis e ou determinação da Justiça, a partir da intervenção do MPF; outra a partir da chamada pública de patrocínio; e uma terceira com a inscrição em editais externos.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação do Ifes, Márcio Almeida Có, citou em sua fala o lançamento de um edital para projetos de recuperação do Rio Doce, que deve acontecer nos próximos dias. “Além dos editais já citados aqui, está em curso uma ação das fundações de amparo à pesquisa do Espírito Santo e de Minas Gerais com recursos específicos para as pesquisas relacionadas à recuperação da bacia”, informou.

 

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